E tudo aquilo que eu escrevi
São pensamentos aleatórios
E seja doença ou uma cura
Seja pelo molde que tenho nas mãos
Que não esqueço a tua cintura
Pois é um problema que dura
Ainda não esqueci a culpa
E tudo o que ela nos tras
Ou tudo o que ela nos faz
E mesmo depois de me enterrares
O tempo desapareceu no espaço
Da inocência até aqui foi apenas um pequeno passo
Cada momento que hoje é escasso
Seja numa casa na praia, ou num arranha céus ou num terraço
E olho para as paredes do meu quarto
Vejo tanta história guardada
Eu vi toda a gente a muda ao redor
Que aqui nunca faltou nada
E tenho todos esses feitos
São mais perguntas sem fim
Mas dizem que têm de ser assim
Uma presa monozigótica da qual eu nunca vi
Quem me dera escrever para ti
Mas foi Hermes que assim não quis
Eu vou voar na minha cabeça
E tudo aquilo que eu não disse
Desapareceu nos meus confins, nigga
Eu vou rasgar todos os meus planos
E escrever todos os meus sonhos
Eu vou levar todos os meus manos
Em todos esses futuros risonhos
Já esquecemos todos os enganos
Momentos da vida enfadonos
E afogamos toda a cabeça nessas melosas e medronhos
Eramos todos putos medronhos
Crescemos ao sabor das falhas
Mas depois das desilusões construímos todos muralhas
Que andam no fim das navalhas
E hoje trocámos os sentidos pelo o pacote das mortalhas
Puxa o barco senão encalhas
Preferes o pão ou as migalhas
E a vida é um baralho no qual só tu baralhas
E o teu perfume que espalhas
Tu és o meu maior troféu na sala das medalhas
Eu escrevo direito por linhas tortas
E custa-me ver a forma como te comportas
Só me interrogam de perguntas das quais não tenho resposta
Mas pergunta aos teus sentidos
Se ultimamente têm sentido
Um qualquer tipo de sentido
Ou acolhido por um mau caminho
O teu corpo é uma adivinha que já não sei se ainda adivinho
E nunca me há de faltar o vinho
Nunca me vais apontar o dedo
A dizer que fui um fracasso
Nunca vais olhar para tras
Para dizer que fui um acaso
Numa nova direção onde eu já troquei o passo
É lecionado pelo os teus erros
Na mente viram monstros, somente fazem vudus
Há coisas na tua vida, há que tens de por uma cruz
E eu falo agarrado á cruz
Sobre tudo aquilo que eu fiz
Porque hoje aquilo que eu quero
Nem sempre foi aquilo que eu quis
E só falhamos por um triz
E guarda bem o que eu perdi
Tá perdido nos meus confins, nigga